ao invés de dizer o que não se dá pra dizer;
Por contrários dizer o que pulsa,
entortando o sentido
que se mantem aceso na pouca brasa
que parece restar.
Fizesse silêncio
e não cantasse outras canções,
pois as melodias são feias como feio não é
o sentido que se esconde,
como se a voz fosse rouca
e o ouvido tapado.
Fizesse silêncio
e assim impedisse o rufar de um tambor
que acelera as correntes
e quase quebra as costelas
quando o sangue ainda é quente
e o passado é de guerra.
Fizesse silêncio
se soubesse que o tempo é sábio
e se por tanto não esquece
é porque se merece:
outra folha se arranca
e mais próximo se está.
Fizesse silêncio
para não arriscar ser ouvido
pois no mundo há aquele
que aguarda escondido
pra saber meio torto
do que resta sentido.
Um comentário:
Muito profundo, você está bem? Tá acabando mais uma temporada, né?
Saudadona de você e das hitórias do sapinho em Guareí Véio!
Tenho muito orgulho de você!
Parabéns pelas suas conquistas!
Angélica.
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