quinta-feira, 9 de abril de 2009

Amor de Naftalina

Tirei do fundo do armário

uma antiga camiseta sua

Que escondida ali estava

com as lembranças de nós dois


Era uma bem antiga

com a cor já desbotada

E eu me lembro ainda agora

ser das que você mais gostava


Na memória vi seu corpo

preenchendo a camiseta

Me abraçando sem esforço

me acalmando da tristeza


Hoje eu vejo a camiseta

desbotada e bem usada

Como a nossa velha história

que eu já quase nem lembrava


Quis me recordar teu cheiro

só que já não conseguia

Hoje o nosso velho amor

cheira a naftalina


Vou guardar a camiseta

bem no fundo do armário

Pra restar como lembrança

desse velho amor usado

4 comentários:

Eliana Mara Chiossi disse...

Gostei muito, quis te seguir no Twitter e a máquina não deixou...
Vou seguindo por aqui...

Beijos, na véspera do inverno paulistano

João Gabriel disse...

me lembrou a cena de um filme que gosto muito.

JG

Bruno Érnica disse...

Você acabou de me seguir no twitter, e adorei esse poema.
Antigamente eu escrevia assim, mas acho que perdi essa linha!

Bruno Arneiro disse...

putz, isso doeu em mim. pude assistir a cena, pq tem q ser assim? adorei a frase "hj nosso amor cheira a nafitalina" que triste, mas sentida, gostei